o retinha, com bom conselho. De que servia brigar? Com sete homens não se assaltava um castelo.
Os beiços de D. Gil tremiam. Talvez, dentro daqueles muros, estivesse agora a pobre Solena, perdida sem remissão. De que servia andar na vã empresa? Os homens violentos que a tinham levado estavam decerto metidos com ela dentro de muralhas e torres. Só o poder de el-rei a poderia libertar. Não ele, com os seus sete criados... E mesmo que corresse sobre aqueles, ou homens de outro castelo, como saber se eram esses na verdade os culpados, e se não estaria inocente o sangue que então corresse? Só lhe restava chorar aquela flor, que ele descobrira, e que outros tinham colhido.
Nesses pensamentos o colheu a noite, e foram pernoitar a uma herdade, onde o pobre fazendeiro, um velho, ficou aterrado ao ver aquele Senhor, com os seus homens de armas, que decerto esvaziariam a sua capoeira, e levariam a palha do seu palheiro, sem lhe dar um maravedi. Mas quando Gil declarou que tudo pagaria pelo preço de Vouzela, foi uma festa na herdade, ate desoras, em torno de uma grande fogueira, e os homens de armas esvaziavam os pichéis de vinho, rindo das histórias que contava o facundo Pêro Malho.
D. Gil, embrulhado no seu mantel, pensava