como, pensando assim, avistasse à beira do caminho um cruzeiro – tirou o seu barrete, e jurou pela cruz que nessa noite falaria a seu pai, e lhe pediria para ir estudar a França.
E foi num caramanchão, no pomar, que ele revelou a D. Rui e a D. Tareja este grande desejo do seu coração. A ambos pedira para o acompanharem ao pomar, que tinha grande nova a dar a quem tanto amava... E sentado num rude banco de pedra, sob um caramanchão, onde se entrelaçavam rosas e madressilvas, tendo numa das mãos presa a mão do seu pai, na outra a da boa dona, lhes disse quanto lhe penava o passar os anos naquele solar, sem proveito para si, e utilidade para os outros homens, seus irmãos: – tinha a ambição da glória, de honrar o seu nome, e de espalhar o bem pelo mundo: mas o serviço das armas, se lhe poderia dar glória, não o atraía, porque na guerra não havia senão miséria e mal: – e depois de muito cogitar, decidira que o seu desejo se satisfaria indo estudar às escolas de França, para voltar ao reino, como um grande escolar em medicina, que era um saber próprio de nobres.
Apenas um ou dois anos por lá passaria. Daria de si novas constantes – e ainda eles não teriam começado a sentir a longura da separação, já ele estaria de volta, licenciado no grande