A peça principal da casa de Eustáquio era uma sala, de boas dimensões, entre paredes de imaculada alvura, que era clareada por três janelas de caixilhos brancos.
Uma tarde, achando-se o subdelegado ausente por exigências do seu cargo, estavam Branca e Rosalina assentadas junto de uma dessas janelas, entretidas na leitura de um livro, iluminado pelo brando clarão roxeado que algumas vezes tinge as paisagens, ao crepúsculo, quando ouviram duas leves pancadas na porta.
— Eustáquio! exclamou a jovem filha de Manaus regozijando-se com a chegada do esposo.
Deixando cair o livro sobre uma pequena mesa, correu à porta. Quando, porém, começava a suspender uma tranca de ferro que a reforçava, recuou e disse vivamente, em voz baixa:
— Não, é impossível, não é ele, pois que quando partiu assegurou-me que só amanhã estaria de volta.
Rosalina olhou Branca e viu-a tornar-se lívida e tremer levemente.