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Vou dar algumas ordens; volto já. Uma dona de casa tem obrigações a cumprir, sobretudo quando deve fazer as últimas honras a um hóspede que vai deixá-la. Não me demoro. ERNESTO – Olhe lá!... JÚLIA (sorrindo) – Um minuto! (Sai.)

CENA III

ERNESTO, D. MARIANA

ERNESTO – Que graça e elegância ela tem nos seus menores movimentos; e ao mesmo tempo que simplicidade!... Oh! não há como as moças do Rio de Janeiro para fazerem de um nada, de uma palavra, de um gesto, um encanto poderoso! Seu espírito anima tudo; onde elas se acham tudo brinca, tudo sorri, porque a sua alma se comunica a todos os objetos que as cercam. D. MARIANA – Que entusiasmo! ERNESTO – E não é justo, D. Mariana? D. MARIANA –