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’A noite é negra mas bella: e os teus olhos, Soledade, eram negros e bellos como a noite.

’Nas trevas da noite luzem as estrellas que são tam lindas... mas no fim de uma longa noite quem não suspira pelo dia?

’E que se vão... oh! que se vão emfim as estrellas!..

’Vem o dia... o ceo é azul e formoso: mas a vista fatiga-se de olhar para elle.

’Oh! o ceo é azul como os teus olhos, Georgina...

’Mas a terra é verde: e a vista repousa-se n’ella, e não se cança na variedade infinita de seus matizes tam suaves.

’O mar é verde e fluctuante... Mas oh! esse é triste como a terra é alegre.

’A vida compõe-se de alegrias e tristezas...

’O verde é triste e alegre como as felicidades da vida.