Após, então[1], nós termos explicado sucintamente os poderes das artes secretas praticadas entre esses (mágicos), e tendo mostrado seu plano indolor para adquirir conhecimento[2], não devemos ser silenciosos no seguinte ponto, que é necessário - como que, soltando os selos, eles restauram as cartas seladas, com os mesmos selos. Derretendo piche, resina e enxofre, além de betume, em partes iguais, (e) formando o ungüento numa figura, eles continuam assim. Quando, entretanto, é hora de solta um pequeno bloco de papel, cobrindo uma parte com óleo, depois com uma posterior aplicação no selo; e eles esperam até adquirir consistência completa, e eles usam nessa condição como selo. Mas eles dizem, igualmente, que a cera com goma de casca de pinheiro possui um potência similar, assim como duas partes de resina com uma parte de betume seco. Mas enxofre também pode produzir efeitos toleravelmente bons, e flor de gipsita misturada com com água e goma. Agora essa (última mistura) certamente responde mais admiravelmente por selar chumba derretido. E que isso é obtido com cera toscana, e resíduo[3] de resina, piche, betume, resina do lentisco e espato em pó, todos sendo fervidos juntamente em partes iguais, e é superior ao resto das drogas que mencionei, enquanto que essa é afetada pela goma e não é inferior. Desta maneira, então, também, eles tentam desprender os selos, esforçando-se para descobrir o que as cartas contém.

Estes artifícios, entretanto, eu hesito em narrar[4] neste livro, percebendo o perigo que, por acaso, uma pessoa trapaceira, tomando ocasião (do meu relato), tente (praticar essas trapaças). Preocupado, porém, com muitos jovens, que podem ser preservados dessas práticas, persuadiram-me a ensinar e publicar, pela segurança, (as seguintes afirmações). Mesmo que uma pessoa possa fazer mau uso dessas instruções, desta instruindo alguém (nessas práticas), alguém ossa ser preservado desse mau. E os mágicos, corruptores da vida, ficarão envergonhados com a nossa revelação. E aprendendo sobre esses pontos que já foram elucidados[5] por nós, poderá ser possível a eles serem avisados dessas insensatezes. Para que o selo não seja quebrado, deve ser selado com banha de porco e cabelo mistura com cera[6].

Notas editar

  1. Na margem do manuscrito ocorrem as seguintes palavras: "em relação à quebra de selos".
  2. Ou "exposto seu método de proceder de acordo com o sistema do gnosticismo." Schneidewin, seguindo Carl Friedrich Herman, tem a opinião que é tomada do trabalho de Celso sobre mágica, o qual Orígenes alude em Contra Celsum, lib. i. p.53 (Spencer's edition). Luciano, o conhecido satírico, em seu Alexandre, ou Pseudomiantis, nos dá um relato da trapaça desses magos. Ver nota no capítulo 42.
  3. Ou "terra" - forukthj,( al.) frukthj.
  4. Ou "inserir".
  5. Ou "ensinados" ou "aduzidos" ou entregues".
  6. Essa sentença está obviamente fora de lugar, e deve vir propriamente antes das palavras "Esses artifícios...", um pouco mais acima nesse capítulo. O abade Cruice conjectura que possa ter sido escrito na margem por algum leitor que tivesse conhecimento de química, e que depois prosseguiu com a leitura do texto.