Estes são os principais de numerosos ensinamentos que (os naasenos) atribuem a Tiago, irmão do Senhor, e que delegou a Mariane[2]. Assim, demonstrando que, que esses (hereges) ímpios desvirtuam Mariane, Tiago, e até mesmo o Salvador, vamos aos ritos místicos (de onde derivaram suas invenções) - a propósito, se nos parece correto, de (mistérios) gregos e bárbaros - veremos como esses (hereges), compilando os mistérios ocultos e inefáveis dos gentios, gritam falsidades contra Cristo, e fazem de tolos aqueles que não conhecem essas orgias dos gentios. Desta forma, para eles a fundação da doutrina é o homem Adão, e eles dizem que em relação a ele foi escrito, "quem deve declarar a essa geração?"[3] aprendendo como, parcialmente se baseando nos gentios as gerações do homem que se perderam no tempo e se diversificaram[4], de forma inútil aplicam isso a Cristo.

"A terra"[5], dizem os gregos, "deu origem a um homem, (a terra) primeiro nos deu esse presente, desejando ser mãe, não de plantas destituídas de sensações, nem de bestas sem razão, mas de uma criatura gentil e muito favorecida." "É, entretando, difícil", dizem (os naasenos), "afirmar se é Alalcomeno[6], primeiro dos homens a se levantar entre os beócios, no lago Céfiso; ou se eram os Curetes de Ida, uma raça divina; ou os coribantes da Frígia, os quais foram os primeiros a verem como as árvores crescem com o sol; ou se foi Pelasgo, mais antigo do que a lua, que trouxe fama à Arcádia; ou Elêusis (produziu) Diáulo, habitante da Raria; ou Lêmno que originou a Cábiro, filho de orgias secretas; ou Paleno (que levou) o gigante de Flegra, mais velho dos gigantes. Mas os líbios afirmam que Iarbas, o primogênito, emergindo das planícies áridas, principiou-se a comer a doce castanha de Júpiter. Mas o Nilo dos egípcios", diz ele, "levanta-se para fertilizar, (e portanto) gera animais, retribuindo com corpos vivos, que adquirem sua carne pelo vapor úmido." Os assírios, porém, dizem que Oanes[7] foi (o primeiro homem, e) se reproduziu entre eles. Os caldeus, entretanto, dizem que este Adão é o único homem que a terra produziu. E que ele era de barro, inanimado, imóvel, (e) permanecia como uma estátua; sendo uma imagem daquele que está acima, que é celebrado como o homem Adão[8], foi criado com muitos poderes, dos quais, se formos analisar individualmente, gera uma discussão muito extensa.

A fim de, portanto, que o Grande Homem de cima finalmente seja subjugado, "de quem", como dizem eles, "toda a família nos céus e na terra foi formada, a ele foi dado também uma alma, para que através da alma ele possa sofrer; e que a imagem escravizada seja punida pelo Grande e mais Glorioso e Perfeito Homem, para que eles possam chamá-lo assim. Novamente, então, eles perguntam o que é a alma, e de onde veio, e o que é sua natureza, que, indo ao homem e movendo ele[9], a imagem do Homem Perfeito deva ser escravizada e punida. Eles, (neste ponto), não fazem uma consulta às Escrituras, mas tentam obter a resposta dos (ritos) místicos. E eles afirmam que é muito difícil descobrir a alma, e difícil de entendê-la; porque não tem a mesma aparência ou forma invariavelmente, ou em uma condição passiva, que possa ser expressa por um símbolo ou compreendida substancialmente.

Eles têm sua inspiração nas variadas mudanças (da alma) explicadas com base num evangelho inscrito como "de acordo com os egípcios"[10]. Eles estão em dúvida, assim como o resto dos gentios, se (a alma) está em tudo (vinda) de algo pré-existente, ou se é auto-produzida[11] ou de um Caos difundido. Primeiramente eles buscam refúgio nos mistérios dos assírios, buscando as suas idéias de divisão do homem em três partes; porque os assírios postularam que a alma tem três partes, e mesmo assim (é essencialmente) uma. Porque a alma, dizem, é toda a natureza cobiçosa, e cada parte é assim de formas diferentes. A alma é a causa de todas as coisas; todas as coisas que são sustentadas e crescem, requerem uma alma, (de acordo com os naasenos). Porque não é possível, para ele, obter sustentação ou crescimento onde não há alma. Até mesmo pedras são animadas, porque elas têm um capacidade de crescer; mas o crescimento não pode acontecer sem sustentação, porque é pela ascendendo que as coisas crescem, mas a ascensão é a sustentação das coisas que são nutridas. Todas as naturezas, dizem, das coisas celestiais, terrenas e infernais desejam uma alma. Os assírios chamam de Adonis ou Endimion[12] e quando a forma Adonis é preferida, Vênus, diz ele, ama e deseja a alma, por causa desse nome. Mas Vênus pe a realização, de acordo com eles. Mas quando Proserpina ou Cora se enamora com Adonis há resultados, dizem, uma alma moral é separada de Vênus (isto é, da geração). Mas a Lua deve passar por concupisciência e amando a forma dele, a natureza[13] dos seres superiores, requisitando uma alma. Mas se, dizem eles, a mãe dos deuses emascular Atis[14] e ela mesma tem nessa (pessoa) objeto de afeição, a natureza abençoada, dizem eles, dos (seres) imortais e superiores só toma o poder masculino para sua alma.

(Os Naasenos) afirmam que existe o homem hermafrodita. De acordo com a explicação deles, o intercurso da mulher com o homem é demonstrado, de acordo com esse ensinamento, como sendo (uma prática) excessivamente maligna e imunda[15]. Porque, dizem eles, Atis foi emasculado, isto é, ele atravessou as partes terrenas do mundo inferior à substância infinita superior, onde, dizem eles, não há feminino ou masculino[16], mas uma nova criatura[17], um novo homem hermafrodita. Assim, eles usam a expressão "acima", deve mostrar no momento certo (neste tópico). Mas eles afirmam qque, pelo seu relato, eles testificam que Rea não está absolutamente isolada, mas - por assim dizer - a criatura universal; e assim eles declaram o que é afirmado na Palavra: "Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si; pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém. Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza", o que "a natureza" é, de acordo com eles, explicaremos mais tarde, "semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza", a expressão "torpeza" significa, de acordo com eles, a substância primeva e abençoada, sem forma, a causa de todas as figuras e coisas que possuem forma, "e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro"[18]. Com as palavras de Paulo, eles aplicam a si mesmos como sendo seu segredo, um mistério oculto de bênçãos. A promessa de limpeza não é outra, de acordo com eles, do que o ingresso deles na purificação em água da vida, e ungidos com inefáveis[19] óleos (em sua introdução) em êxtase infinito.

Eles ainda não buscam apenas nisso aprovação para suas doutrinas, tomando não só os mistérios dos assírios, mas dos frígios, a respeito da natureza feliz - oculta, e ao mesmo tempo manifestada - das coisas que foram, e serão, e além do mais - (uma natureza feliz) que, (os naasenos) dizem, é o reino dos céus procurado dentro do homem[20]. E, a respeito desta (natureza), eles transmitem uma passagem explícita[21], num evangelho atribuído a Tomé[22] expressando-se assim: "Aquele que me procura, achar-me-á como criança a partir dos sete anos; porque estarei oculto, e devo me manifestar aos catorze anos". Esse, entretanto, não é (o ensinamento) de Cristo, mas o de Hipócrates, que usa essas palavras: "Uma criança de sete anos é metade de um pai." E assim esses (heréticos), colocando a natureza original do universo em uma semente causadora, (e) tendo se apropriado do (aforismo) de Hipócrates[23], que uma criançca de sete anos é metade de um pai, dizem que em catorze anos, de acordo com Tomé, ele é manifestado. Isso, com eles, é o inefável e místico Logos. Eles afirmam que os egípcios, que depois dos frígios[24] se estabelecerem, são os de maior antiguidade entre os homens, e que afirmaram ser os primeiros a proclamar a todos os homens os ritos e orgias de, ao mesmo tempo, todos os deuses, assim como todas as espécies e energias (de tudo) para todos aqueles que não foram iniciados nos mistérios de Ísis, tendo (guardado) para si o sagrado e augusto. Isto, entretanto, não são nada mais que os setes vestidos e o manto de zibelina que foram encontrados e roubados, a saber, o pudendo de Osíris. E eles dizem que Osíris é a água[25]. Mas os sete - parecido com manto, circular e arrumada com sete mantos de textura etérea - lembram os planetas, alegorizando e denominando de mantos etéreos[26] - isso como demonstrado são gerações que mudam, e são exibidos como a criatura transformada pelo inefável e indescritível[27] e de inconcebível e sem forma. E isso, dizem (os naasenos), é que é declarado nas Escrituras, "O justo cairá sete vezes, mas se levantará"[28]. Por estes que caem são as mudanças das estrelas, movidas por Aquele que coloca todas as coisas em movimento.

Assim, eles afirmam, a respeito da substância[29] da semente que é a causa de todas as coisas que existem, que não está presente no meio terreno, mas que produz e forma tudo, assim: "Eu me torno o que desejo, e o que eu sou, eu sou: a respeito disso eu digo que aquilo que coloca o universo em movimento não se move por si mesmo. O que existe permanece formando todas as coisas e o nada é formado de coisas existentes"[30]. Eles dizem que essa (substância) só é boa, e o que é falado pelo Salvador[31] se refere a ela: Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é meu Pai que estás nos céus, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos"[32]. Mas aqueles santos são aqueles a quem Ele manda a chuva, assim como os pecadores, examinaremos mais tarde. E, para eles, esse é a grande mistério secreto e desconhecido, ocultado e revelado entre os egípcios. Ainda, de acordo com eles, Osíris[33] está nos templos defronte à Ísis[34] e seu pudendo está lá, olhando para baixo, e coroado com todos os frutos das coisas que existem. E ele não está apenas nos templos de ídolos mais santos, mas também, para informação de todos, mas também está como a luz que não é colocada debaixo do alqueire, mas no velador, proclamando sua mensagem nos telhados das casas[35] em todos os caminhos, e todas as ruas, e próximas das moradias, colocado em frente a o limite da moradia, sendo por isso denominada a (entidade) boa por todos. Eles denominam isso de boa-produção. Os gregos, derivando sua (Expressão) mística dos egípcios, preservam até hoje. Porque vemos estátuas de Mercúrio, uma figura honrada entre (os naasenos).

Adorando Cilênio com especial distinção, eles denomina-no Logios. Porque Mercúrio é o Logos, que sendo intérprete e fabricador das coisas que foram feitas simultaneamente, e que estão sendo produzidas, e que vão existir, sendo honrado entre eles, criado em uma figura parecida com um pudendo masculino, tendo um poder impulsivo pelas partes de baixo. E essa (deidade) - isto é, o Mercúrio da descrição (naasena) - é um conjurador da morte e guia dos espíritos que partem e originador das almas; ele não escapa das obras dos poetas, que se expressam assim:

Hermes Cilênio também chamado
Pretendente das almas dos mortais.[36]

Não o coitado do pretendente de Penélope, mas das (almas) despertadas e trazidas à lembrança de si mesmas,

Cuja honra tão grande, e alegria tão longa.[37]

Isto é, do homem bendito acima, ou do homem primevo ou Adão, como parece ser para eles, as almas foram transportadas em uma criação de argila, para que pudessem servir aos demiurgo desta criação, Ialdabaoth[38], um deus de fogo, o quarto número; eles chamam o demiurgo de pai do mundo formal:

Em mão ele teve uma bela
Vara de ouro, para encantar os olhos humanos
Daqueles que ele deseja, e de novo daqueles que dormem na alvorada.[39]

Isso, dizem eles, é aquele que tem o poder da vida e da morte. A respeito disso foi escrito: "Tu os quebrará com uma vara de ferro"[40]. O poeta, dizem eles, desejando adornar a (potência) incompreensível da natureza bendita do Logos, investiu-o não com ferro, mas com ouro. E ele encanta os olhos dos mortos e levanta aqueles que dormem, após acordá-los e invocando-os. E a respeito disto, dizem eles, a Escritura fala: "Pelo que diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará"[41].

Esse é o Cristo que, dizem eles, foi gerado em todas as coisas, é o Filho do Homem do Logos indescritível. Esse é o grande e indescritível mistério dos ritos de Elêusis[42]. E eles afirmam que todas as coisas ficaram sujeitas a ele, sendo sobre isso falado "Por toda a terra saiu a voz deles"[43] assim como concorda com expressões, (como) "Mercúrio[44] balançando sua vara, guiando as almas, e elas seguindo com gorjeios". Significa que os espírito sem corpos seguem continuamente na maneira em que o poeta imagina, usando essas palavras:

"E quando houve o recesso na caverna mágica
Morcegos voam, e quando um cai
Do cume da rocha, e cada um agarrado ao outro".[45]

A expressão "rocha", dizem eles, significa Adão. Isso, ele afirma, é Adão: "A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular"[46]. Por isso na cabeça da substância do cérebro primordial da qual a família é formada[47]. "De quem", dizem eles, "Eu coloco a rocha na fundação de Sião". Alegorizando a criação do homem. A rocha é interposta (com) os dentes, como Homero[48], isto é, uma parede e fortaleza, na qual existe o homem interior, que caiu em Adão, o homem primordial. E ele "foi cortado(...)sem auxílio de mãos"[49] e foi criado na imagem do esquecimente, sendo terreno e feito de barro. E ele afirma que os espíritos o seguem, isto é, o Logos:

Assim eles, assoviando, vieram juntos; e então as almas
Que os guia;
O gentil Hermes guiou-os nos longos e largos caminhos.[50]

Isto é, dizem eles, nos lugares eternos, separados de toda a iniquidade. Porque, dizem eles, eles vieram:

Por ele as correntes do oceano vieram, e o penhasco de Leucas,
E pelos portais do sol e da terra dos sonhos.

Isso, dizem eles, é o oceano, "gerador dos deuses e homens"[51] cercado de redemoinhos e turbilhões, ora em cima, ora em baixo. Mas eles garantem que a geração de homens acontece quando a corrente oceânica flui para baixo; mas quando é para cima, em direção às paredes do penhasco de Leucas, a geração de deuses acontece. Afirmam eles, sobre isso, o que foi escrito: "Eu disse: Vós sois deuses, e filhos do Altíssimo, todos vós."[52]. "Se vós se apressarem a voar para fora do Egito e ficarem além do Mar Vermelho, no deserti", isto é, do intercurso com a Jerusalém de cima, que é a mãe dos viventes[53]. "Além do mais, se vós retornardes para o Egito", isto é, em intercurso terreno[54], "vós morrereis como homens". Para os mortais, dizem eles, toda geração de baixo, mas imortal que é gerada de cima[55], é criada apenas a partir da água, e do espírito, sendo espiritual, não carnal. Mas o que é (gerado) embaixo é carnal, isto é, de acordo com a interpretação deles: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do espírito é espírito"[56], Isso, de acordo com eles, é a geração espiritual. Isso é o grande Jordão[57] que, fluindo para baixo, e impedindo os filhos de ISrael de se afastarem do Egito - quer dizer do intercurso terrestre, porque Egito significa o corpo - Jesus veio, e fez com que fluísse para cima.

  1. N.T.:"Mariane" é referida pelo gnósticos como sendo Maria Madalena.
  2. O abade Cruice observa que nós temos outra prova que a Philosophumena não é trabalho de Orígenes, que em Contra Celsum menciona Mariane, mas afirma que não se encontrou com seus dscípulos (ver Contr. Cels., lib. v. p. 272, ed. Spenc.). Isso confirma a opinião dos estudiosos de Orígenes que ele não tinha como objetivo em seus estudos de escrever uma história detalhadas das heresias.
  3. Isaías 53:8 (há uma diferença de tradução).
  4. Ou ἀδιάφορον (adiaf oon), "equívocadas".
  5. Este tem sido tomado pelos melhores críticos como um fragmento de um hino de Píndaro a Júpiter. Schneidewin nos fornece uma versão restaurada da poesia feita por Bergk. Esse hino, acreditamos, concede a M. Miller uma idéia de um possível valor e importância do manuscrito trazido por Minöides Mynas, da Grécia.
  6. A forma usual é Alalcomenus. Ele era um nativo da Beócia.
  7. Ou "Ianes". O abade Cruice refere-se a Berosus, Chald. Hist., 48, 49, e a sua própria dissertação (Paris, 1844) sob a autoridade de Josefo, como aduzido por ele em seu tratado Contr. Apion
  8. Alguns rabinos, provavelmente derivando suas noções dos caldeus, sustentam as idéias mais exageradas a respeito da perfeição de Adão. Assim Gerson, em seu Commentary on Abardanel, diz que "Adão foi dotado da maior perfeição em sabedoria, e foi o principal dos filósofos, um discípulo imediato da Deidade, também um médico e astrólogo, e originador de todas as artes e ciências." Esse espírito de exagero passou dos judeus aos cristãos (ver Clementine Homilies, ii). Aquino (Sum. Theol. pars i 94) diz que Adão "sendo o primeiro homem era perfeito, ele deveria possuir conhecimento de tudo que fosse capaz de ser atingido por meios naturais."
  9. Ou "subjugando ele" (Roeper) ou "impulsionando ele" (N.T.).
  10. Só conhecemos isso através de citações antigas. Os naasenos tinham outro trabalho reputado entre eles, o Evangelho de Tomé. Bunsen conjectura que os dois "evangelhos" possam ser o mesmo. N.T.: Na verdade esse é o Evangelho Grego dos Egípcios, e, apesar de haver uma relação entre eles, não são o mesmo.
  11. αὐτογενοῦς. Miller acredita que é αὐτοῦ γένους, que Bunsen rejeita em favor de se ler "auto-criada".
  12. Schneidewin considera que falta no manuscrito a expressão "ou Atis", após Endimion. Atis é mencionado posteriormente com algum grau de particularidade.
  13. Ou "criação".
  14. Ou "Ápis". Ver Diodoro da Sicília, iii. 58, 59. Pausânias, vii. 20, escreve sobre a palavras "attes". Ver também Minúncio Félix, Octav., cap. xxi.
  15. Ou "proibida".
  16. Gálatas 3:28, e Clemente, Epist. ad Rom., ii. 12 [Este é o Clemente apócrifo presente no volume VIII desta série. Ver tabmém o texto de Inácio, volume I, p. 81.]
  17. Ver 2 Coríntios 1:17, Gálatas 6:15.
  18. Romanos 1:20-27
  19. ἀλάλῳ; some read ἄλλῳ.
  20. Lucas 17:21.
  21. Essas palavras não estão no Evangelho de Tomé a respeito da infãncia do Salvador, nas versões de Fabricius e Thilo.
  22. O abade Cruice menciona os seguintes trabalhos dos quais a doutrina dos naasenos é formada: O evangelho da perfeição, Evangelho de Eva, As questões de Maria, A respeito da descendência de Maria, Evangelho de Filipe, Evangelho de Tomé e Evangelhos dos egípcios (Ver Epifânio Hæres., c. xxvi., e Orígenes, Contr. Cels., vi. 30, p. 296, ed. Spenc.). Esses heréticos também usam o Antigo Testamento, o Evangelho de João e algumas epístolas de Paulo.
  23. Miller se a Traduct. des Œuvres d’Hippocrate, de Littré, p. 396.
  24. Ver Heródoto, ii. 2, 5.
  25. Ver Orígenes,Contr. Cels., v. 38 (p. 257, ed. Spenc.).
  26. Ou "brilhantes".
  27. Ou "insondável".
  28. Provérbios 24:16, Lucas 17:4.
  29. Ou "espírito".
  30. Ver Epifânio, Hæres., xxvi. 8.
  31. Mateus 19:17, Marcos 10:18, Lucas 18:19.
  32. Mateus 5:45. N.T.: Há uma interpolação entre esse e o versículo citado na nota anterior.
  33. Miller entendeu como οὐδεὶς. Ver Plutarco, De Isid. et Osirid., c. li. p. 371.
  34. Ou, εἰσόδου, isto é, entrada.
  35. Mateus 5:15 e 10:27.
  36. Odisséia, xxiv. 1.
  37. Empedocles, v. 390, Stein.
  38. Esaldaius, Miller (ver Orígenes, Const. Cels., v. 76, p. 297, ed. Spenc.).
  39. Odisséia, xxiv. 2.
  40. Salmos 2:9. Em outras traduções está "governará".
  41. Efésios 5:14.
  42. Ver Plutarco, De Iside et Osiride, c. xxxiv.
  43. Romanos 10:18.
  44. Odisséia, xxiv. 5.
  45. Ibid., xxiv. 6 et seq.
  46. Salmos 118:22, Isaías 28:16
  47. Efésios 3:15.
  48. Ilíada, iv. 350, ἕρκος ὀδόντων:
    Que palavra escapou da guarda de marfim que deveria
    Cercá-la.
  49. Daniel 2:45.
  50. Odisséia, xxiv. 9.
  51. Ilíada, v. 246, xxiv. 201.
  52. Salmos 82:6, Lucas 6:35, João 10:34.
  53. Gálatas 4:26.
  54. Filo adota a mesma figura (ver De Agricult., lib. i).
  55. N.T.:Segundo a lógica apresentada.
  56. João 3:6.
  57. Josué 3:7-17.