![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/bc/Fabulas_de_Narizinho_%28page_46_crop%29.jpg/300px-Fabulas_de_Narizinho_%28page_46_crop%29.jpg)
Brigaram certa vez o jaboti e a piúva.
— Deixa estar! disse esta, furiosa. Deixa estar que eu te curo, meu malandro! Prego-te uma peça das boas, verás...
E ficou de sobreaviso, com os olhos no astuto bichinho, que lá se ria della, sacudindo os hombros.
O tempo corre; esquece o kagado o succedido e um bello dia, distrahidamente, passa ao alcance da piúva.
A rija madeira, incontinente, torce-se, estala e despenca para cima do incauto.
— Toma! Quero vêr agora como te arrumas. Estás entalado sob o meu tronco e, como sabes, sou páu que dura cem annos...
O Jaboty não se deu por vencido. Encorujou-se dentro da casca, cerrou os olhos como para dormir e disse philosophicamente:
— Pois como eu duro mais de cem annos, esperarei que apodreças...
A paciencia dá conta dos maiores obstaculos.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/93/Fabulas_de_Narizinho_%28page_22_crop%29.jpg/200px-Fabulas_de_Narizinho_%28page_22_crop%29.jpg)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/af/Cc-public_domain_mark.svg/55px-Cc-public_domain_mark.svg.png)
Esta obra entrou em domínio público pela lei 9610 de 1998, Título III, Art. 41.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f7/Nuvola_apps_important.svg/35px-Nuvola_apps_important.svg.png)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4a/Brazilian_flag_icon_round.svg/48px-Brazilian_flag_icon_round.svg.png)