Meu Captiveiro entre os Selvagens do Brasil (2ª edição)/Capítulo 29
a nossa taba
Como eu dissera a Cunhambebe, logo appareceram as vinte e cinco canôas tupiniquins, que já se estavam aprestando antes da minha captura.
Vieram pela manhã e atacaram a aldeia com flechas. Os de dentro mostraram medo e as mulheres quizeram fugir. Aproveitei-me do ensejo e disse-lhes:
Vós me tendes por portuguez; dae-me arco e flechas que quero ajudar-vos a defender a taba.
Deram-me arco e flechas; gritei e atirei ao modo delles o melhor que pude, animando-os á lucta. Minha intenção era saltar a estacada e correr para os tupiniquins, que me conheciam e me sabiam na aldeia. Mas os tupiniquins, vendo que nada podiam fazer, voltaram-se para as canôas e partiram.
Finda a refrega os indios prenderam-me de novo.
Esta obra entrou em domínio público pela lei 9610 de 1998, Título III, Art. 41.
Caso seja uma obra publicada pela primeira vez entre 1929 e 1977 certamente não estará em domínio público nos Estados Unidos da América.