— Vi dous magnificos bois em minha vida. O primeiro tinha as pernas curtas, o joelho espesso, alcatra grossa, as nadegas largas, bom comprimento da nuca á garupa, boa altura no garrote, manejo facil, pelle boa de arrancar-se. O segundo apresentava todos os signaes da um engordamento judicioso, tronco reforçado, pescoço robusto, pernas leves, pelle branca e vermelha, alcatra cahida.
— Isso é raça da costa.
— Sim, mas com certa semelhança com o touro angus ou o touro suffolk.
— Acredite se quer, no meio-dia ha concurso de bestas.
— De bestas?
— De bestas. Como tenho a honra de lhe dizer. E as feias é que são bonitas.
— Então são como as jumentas. As feias é que são boas.
— Justamente. A jumenta deve ter barriga grossa e pernas grossas.
— A melhor jumenta deste mundo é uma barrica sobre quatro estacas.
— A belleza dos animaes não é como a belleza dos homens.
— É sobretudo das mulheres.
— Justo.
— Eu cá quero que a mulher seja bonita.
— Prefiro-a bem trajada.
— Sim, limpa, asseiada, esticadinha.
— Ares de mocidade. Uma rapariga deve parecer que sahe do joalheiro.
— Volto aos bois. Vi vender os taes bois no mercado de Thouars.