Auto de moralidade composto por Gil Vicente por contemplação da sereníssima e muito católica rainha Lianor, nossa senhora, e representado por seu mandado ao poderoso príncipe e mui alto rei Manuel, primeiro de Portugal deste nome. Começa a declaração e argumento da obra. Primeiramente, no presente auto, se fegura que, no ponto que acabamos de espirar, chegamos supitamente a um rio, o qual per força havemos de passar em um de dous batéis que naquele porto estão, scilicet, um deles passa pera o paraíso e o outro pera o inferno: os quais batéis tem cada um seu arrais na proa: o do paraíso um anjo, e o do inferno um arrais infernal e um companheiro.
Personagens
editar- Anjo (arrais do Céu)
- Diabo (arrais do Inferno) e Companheiro
- Fidalgo e o seu Pajem
- Onzeneiro
- Sapateiro
- Parvo
- Frade e a sua moça (Florença)
- Alcoviteira
- Judeu
- Corregedor
- Procurador
- Enforcado
- Quatro Cavaleiros