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AO
NORTE DO BRASIL
FEITA NOS ANNOS DE 1613 A 1614,
PELO PADRE
𝙸𝚅𝙾 𝙳’𝙴𝚅𝚁𝙴𝚄𝚇
RELIGIOSO CAPUCHINHO
PUBLICADA CONFORME O EXEMPLAR, UNICO, CONSERVADO NA BIBLIOTHECA IMPERIAL
DE PARIZ
COM INTRODUCÇÃO E NOTAS
POR
MR. FERDINAND DINIZ,
CONSERVADOR DA BIBLIOTHECA SANTA GENOVEVA
Traduzida pelo
DR. CEZAR AUGUSTO MARQUES
Cavalleiro da Real e Militar Ordem Portuguesa de
Nosso Senhor Jesus Christo, Cavalleiro e
Official da Imperial Ordem da Rosa, Membro do Instituto
Historico, Geographico, e Ethnographico do
Brazil, da Sociedade Geographica de Pariz, e socio correspondente,
effectivo, honorario e benemerito
de muitas outras sociedades litterarias e scientificas,
nacionaes e estrangeiras.
MARANHÃO — 1874.
Sumário
Primeiro Tratado
- Capitulo I: Da construcção das capellas de S. Francisco e S. Luiz do Maranhão
- Capitulo II: Do estado do poder temporal em sua primitiva
- Capitulo III: Da construcção do Forte de S. Luiz, e do interesse dos selvagens em carregar terra
- Capitulo VII: Dos preparativos dos Tupinambás para uma viagem ao Amazonas
- Capitulo VIII: Partida dos francezes para o Amazonas em companhia dos selvagens
- Capitulo IX: Do que aconteceo na Ilha durante esta viagem, e principalmente das astucias de um selvagem chamado Capitão
- Capitulo X: Da chegada de uma barca portugueza a Maranhão
- Capitulo XIII: Do valor e dos costumes dos selvagens do Miary
- Capitulo XIV:Das incisões, que fazem estes selvagens em seos corpos e como escravisam seos inimigos
- Capitulo XV: Leis do captiveiro
- Capitulo XVI: Outras leis para os escravos
- Capitulo XVII: Quanto são misericordiosos os selvagens para com os criminosos por acaso e sem malicia
- Capitulo XVIII: Quanto é facil civilisar os selvagens á maneira dos francezes e ensinar-lhes os officios que temos em França
- Capitulo XIX: Quanto são aptos os selvagens para aprenderem sciencias e virtudes
- Capitulo XX: Continuação do objecto antecedente
- Capitulo XXI: Ordem e respeito da naturesa entre os selvagens, observada inviolavelmente pela mocidade
- Capitulo XXII: A mesma ordem e respeito é observada entre as raparigas e as mulheres
- Capitulo XXIII: Da consaguinidade entre os selvagens
- Capitulo XXV: Dos caracteres incompativeis entre os selvagens
- Capitulo XXVI: Da economia dos selvagens
- Capitulo XXVIII: Do cuidado que do seo corpo tem os selvagens
- Capitulo XXIX: De algumas indisposições naturaes, a que os selvagens se acham sujeitos, e quaes os nomes que dão aos membros do corpo
- Capitulo XXX: De algumas molestias particulares á estes paizes de indios e de seos remedios
- Capitulo XXXI: Da morte e dos funeraes dos indios
- Capitulo XXXII: Do regresso á ilha do Sr. de la Ravardiere e de alguns Principaes, que o seguiram
- Capitulo XXXII: Viagem do capitão Maillar pela terra firme á casa de um grande feiticeiro. Descripção desta terra e das zombarias d’elle
- Capitulo XXXIV: Da vinda dos Tremembés, como foram perseguidos, suas habitações e procedimento
- Capitulo XXXV: Da chegada dos Cabellos-compridos á Tapuytapéra e da viagem ao Uarpy
- Capitulo XXXVI: Dos astros e do sol
- Capitulo XXXVII: Ventos, chuvas, trovões e relampagos em Maranhão e suas circumvisinhanças
- Capitulo XXXVIII: Mar, agoas e fontes do Maranhão
- Capitulo XXXIX: Singularidades de algumas arvores do Maranhão
- Capitulo XL:Dos peixes, passaros e lagartos, que se encontram n’estes paizes
- Capitulo XLI: Da pesca do Pery
- Capitulo XLIII: Da caça dos ratos, das formigas e das lagartixas
- Capitulo XLIV: Das aranhas, cigarras e mosquitos
- Capitulo XLV: Dos grilos, dos camaleões e das moscas
- Capitulo XLVI: Das onças e dos macacos do Brazil
- Capitulo XLVII: Das aguias, dos passaros grandes e dos passarinhos d’aquelle paiz
- Capitulo XLVIII: Resposta a muitas perguntas, que fazem n’aquelle paiz á respeito das Indias Occidentaes
- Capitulo XLIX: Instrucção para os que vão pela primeira vez ás Indias
- Capitulo L: Do acolhimento, que fazem os selvagens aos francezes recem-chegados, e como convem proceder para com elles
Segundo Tratado
- Capitulo I: Dos fructos do Evangelho, que appareceram cedo pelo baptismo de muitos meninos
- Capitulo II: Do baptismo de muitos enfermos e velhos, que falleceram depois de christãos
- Capitulo III: Do baptismo de muitos adultos, especialmente d’um chamado Martinho
- Capitulo IV: Do que fez este christão em beneficio da instrucção e conversão dos seos similhantes
- Capitulo V: De um Indio condemnado á morte, que pedio o baptismo antes de morrer
- Capitulo VI: Formulario dos discursos, que faziamos aos selvagens quando nos vinham vêr, para chamal-os ao conhecimento de Deos e á obediencia de nosso Rei
- Capitulo VII: Formulario da doutrina christã, que aprendiam e recitavam de cór, antes de serem baptisados
- Capitulo VIII: Qual a crença natural dos selvagens a respeito de Deos, dos espiritos e da alma
- Capitulo IX: Dos principaes meios usados pelo diabo para conter em suas cadeias por tão longo tempo estes selvagens
- Capitulo XI: Como falla o diabo aos feiticeiros do Brasil, suas falsas profecias, idolos e sacrificios
- Capitulo XII: De algumas outras ceremonias diabolicas praticadas pelos feiticeiros do Brasil
- Capitulo XIII: Claros signaes do reino do diabo em Maranhão
- Capitulo XIV: Os filhos do Brazil darão cabo do reinado de Lucifer e começarão a restabelecer o reinado de Jesus Christo
- Capitulo XVI: Primeira conferencia com Pacamão, grande feiticeiro de Commã
- Capitulo XVII: Segunda conferencia que tive com Pacamão
- Capitulo XVIII: Conferencia com o grande feiticeiro de Tapuytapéra
- Capitulo XIX: Conferencia com Jacupen
- Capitulo XX: Conferencia com o principal de Orubutin
- Capitulo XXI: Conferencia com o Onda, um dos principaes de Commã